segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Repórter da Globo é agredida ao vivo (Postado por Erick Oliveira)

A repórter Monalisa Perrone, da TV Globo, foi agredida nesta segunda-feira (31), quando falava ao vivo durante o "Jornal Hoje", por um homem que já atrapalhou transmissões ao vivo da TV Globo e de outras emissoras.
A agressão ocorreu no início do telejornal (veja no vídeo ao lado). Monalisa Perrone estava em frente ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e foi chamada pela apresentadora Sandra Annenberg para dar mais informações sobre o tratamento quimioterápico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quando começou a falar, dois homens apareceram correndo atrás dela. Um deles a derrubou.
A transmissão do hospital foi interrompida. Do estúdio, a apresentadora Sandra Annenberg lamentou o fato. Uma reportagem sobre o quadro de Lula foi exibida e, quatro minutos depois, Monalisa voltou a falar ao vivo, direto do hospital. "Levei um susto enorme. Estou tremendo. Em 20 anos de profissão isso nunca me aconteceu. Um desrespeito enorme. Mas, enfim, televisão ao vivo é isso", disse.
Em seguida, ela passou o microfone para o repórter José Roberto Burnier, que completou a reportagem. "Estou passando para meu colega, que está mais calmo."
A Central Globo de Comunicação (CGCom) informou: "Trata-se de pessoas cujo propósito é aparecer. Não é a primeira vez. Como houve agressão, a TV Globo estuda que medidas legais tomar".
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) divulgou uma nota, em que se diz "estarrecida com o ato de vandalismo".
Leia a íntegra da nota da ABI:"A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) de São Paulo, estarrecida com o ato de vandalismo contra a jornalista Monalisa Perrone durante sua participação ao vivo no Jornal Hoje, vem prestar solidariedade à jornalista e à direção de jornalismo da Globo, num momento tão delicado onde vândalos agridem a liberdade de imprensa e o trabalho do jornalista.
Jamais, em tempo algum, ato de agressão física é aceito por qualquer motivo que seja. Debates e diferenças de ideias devem ser mostradas em discussões civilazadas e com o mínimo de dignidade.
O ato de agredir publicamente um jornalista no desempenho de sua profissão e no desempenho da informação livre ao povo é o mais baixo de todos os atos, que deve ser punido como tortura contra a pessoa, que foi o que realmente aconteceu, além de ameaça direta e pública contra o povo livre.
A ABI já viveu momentos de defesa da liberdade de imprensa contra as torturas e ameaças de violência contra a liberdade de ideias nos momentos mais triste do Brasil.
Exatamente por isto não podemos deixar de passar este momento de agressão à mídia e à imprensa sem prestarmos solidariedade à Rede Globo e repulsa a todos aqueles que agridem moral e fisicamente a liberdade.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Conar nega pedido de suspensão de comercial com Gisele Bündchen (Postado por Erick Oliveira)

O Conselho de Ética do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) recomendou nesta quinta-feira (13), em primeira instância, o arquivamento do pedido de suspensão da campanha da fabricante de roupas íntimas Hope, estrelada pela modelo Gisele Bündchen. Com isso, a propaganda pode continuar sendo veiculada normalmente.
A decisão do conselho do Conar foi por unanimidade. Participaram da reunião cerca de 20 conselheiros. Segundo a assessoria do Conar, caso não ocorra nenhum recurso, no prazo de 5 dias, o processo será arquivado em definitivo.
Os membros do conselho acompanharam o voto do relator, que considerou que "os estereótipos presentes na campanha são comuns à sociedade e facilmente identificados por ela, não desmerecendo a condição feminina", informou o Conar, em nota.
A representação foi aberta a partir de denúncias encaminhadas ao Conar por cerca de 40 consumidores e também pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM).
Para Carlos Eduardo Padula, diretor comercial da Hope, que participou da reunião, prevaleceu a garantia do uso do bom humor. "A decisão do Conar representa uma ratificação de que fizemos uma campanha politicamente correta. Ficou claro [para os conselheiros do Conar] que estávamos enaltecendo a sensualidade da mulher brasileira com uma pitada de humor", afirmou o executivo ao G1.
Segundo o diretor da Hope, a propaganda continuará sendo veiculada pelo menos até o dia 18 de outubro e a empresa agora avalia, inclusive, a possibilidade de realizar um novo filme para dar sequência a campanha.
Entenda a polêmica
Os vídeos da campanha, chamada “Hope Ensina”, mostram a modelo contando ao marido que bateu seu carro e estourou o limite do cartão de crédito. Primeiro, Gisele revela os problemas vestida com roupas e, na sequência, apenas de lingerie. A propaganda diz que a primeira maneira é errada, e a segunda, a correta. E incentiva as brasileiras a usar seu "charme".

A Secretaria de Políticas para as Mulheres afirmou que sua ouvidoria recebeu seis reclamações de pessoas “indignadas” com a propaganda desde o dia 20, quando ela foi ao ar. Além do ofício ao Conar, a SPM também enviou documento ao diretor da Hope Lingerie, Sylvio Korytowski, “manifestando repúdio à campanha.”

“‘Hope Ensina’ é a campanha da empresa que ‘ensina’ como a sensualidade pode deixar qualquer homem ‘derretido’. Nela, a modelo Gisele Bundchen estimula as mulheres brasileiras a fazerem uso de seu 'charme' (exposição do corpo e insinuações) para amenizar possíveis reações de seus companheiros frente a incidentes do cotidiano”, diz nota divulgada pela SPM.
“A propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grandes avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os artigos 1° e 5° da Constituição Federal”, completa a nota da SPM.
Por meio de nota, a Hope informou que a propaganda teve o objetivo de mostrar, de forma bem-humorada, que a sensualidade natural da mulher brasileira pode ser uma arma eficaz no momento de dar uma má notícia e que, utilizando uma lingerie Hope, seu poder de convencimento seria ainda maior.
"Os exemplos nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal. Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher", disse a nota.