quinta-feira, 10 de abril de 2008

Chávez reitera disposição para conseguir libertação de Ingrid Betancourt

10/04/2008 - 17h41

Caracas, 10 abr (EFE).- O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reiterou nesta quinta-feira em Caracas sua disposição de conseguir a libertação de Ingrid Betancourt, refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há seis anos.

"Tomara que possamos buscar Ingrid e todos os que estão nas montanhas", declarou Chávez, dizendo estar "disposto a retomar o caminho humanitário", do qual foi afastado no final do ano passado por seu colega colombiano, Álvaro Uribe.

Chávez deu estas declarações durante a realização de um ato em Caracas em homenagem ao revolucionário mexicano Emiliano Zapata (1879-1919), no qual a filha do guerrilheiro, Ana María Zapata, lhe entregou a medalha da Fundação que preside.

No ato também esteve presente o embaixador cubano na Venezuela, Germán Sánchez Otero, que apresentou há dois dias na capital venezuelana seu livro "Transparencia de Emmanuel", no qual narra sua recente participação no processo de resgate de dois reféns das Farc.

Ele entrevistou, entre outros, o assessor presidencial do Governo Lula, Marco Aurélio Garcia.

Chávez teceu elogios à obra de Sánchez Otero - que conta com prefácio assinado pelo líder cubano Fidel Castro -, ao afirmar que é "sincera, exata e precisa".

O livro foi escrito a pedido de Fidel, durante uma ligação telefônica a Sánchez Otero, quando, em 30 de dezembro do ano passado, o autor se encontrava na Colômbia como membro de uma delegação internacional que acabou não recebendo os reféns em poder das Farc, libertados duas semanas depois.

O livro do embaixador também coletou opiniões da senadora colombiana Piedad Córdoba, também afastada da mediação por Uribe, do cineasta americano Oliver Stone, do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner e de Uribe, entre outros.

UOL

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Ingrid Betancourt não tem febre amarela nem malária

09/04/2008 - 16h42

SAN JOSE, Colômbia, 9 Abr 2008 (AFP) - A franco-colombiana Ingrid Betancourt não sofre de febre amarela ou malária, pois foi vacinada contra essas doenças em março de 2001, anunciou o marido da política ao iniciar uma viagem pela Colômbia.

Juan Carlos Lecompte se reuniu com um dos médicos franceses da missão enviada pelo presidente deste país, Nicolas Sarkozy, e entregou o histórico clínico de Betancourt.

De acordo com o histórico clínico da esposa, Ingrid foi vacinada contra as doenças em 2001 e as vacinas têm vigência até 2011.

"O médico ficou muito feliz porque isto significa que ela não padece destas doenças", disse o marido da política, seqüestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia em 23 de fevereiro de 2002.

Na Colômbia é possível receber uma vacina contra doenças tropicais que protege contra a febre amarela e contra certas formas de malária, segundo uma fonte médica.

"Sei que o avião - que levou a missão francesa a Bogotá - vai embora nas próximas horas, mas o médico ficará por mais alguns dias", afirmou Lecompte.

Nesta quarta-feira, Lecompte chegou à capital do departamento de Guaviare, onde segundo boatos a esposa foi vista no início do ano.

Ele afirmou que pretende buscar informações sobre a mulher na região de florestas da Colômbia.

"Vim buscar informação, procurar minha mulher. Vim ver se posso confirmar o que pode ter acontecido com ela. Venho falar com as pessoas, para saber se é certo que ela esteve nesses lugares e em que estado se encontra. Estou muito preocupado", disse.


UOL

domingo, 6 de abril de 2008

Padre que informou sobre saúde de Betancourt reza missa por ela

06/04/2008 - 18h30

LA LIBERTAD, Colômbia, 6 Abr 2008 (AFP) - O pároco do povoado colombiano de La Libertad, Manuel Mancera - que há uma semana deu informações sobre o grave estado de saúde de Ingrid Betancourt - rezou neste domingo uma missa pela saúde da refém franco-colombiana nas mãos das Farc há mais de seis anos.

"Que a saúde de Ingrid Betancourt seja a principal intenção desta liturgia, o mundo inteiro reza por ela e todos os seqüestrados", afirmou Mancera no início da cerimônia religiosa.

Milhares de pessoas também se manifestaram neste domingo em Paris e outras cidades francesas nas chamadas 'marchas brancas' para pedir a libertação da refém franco-colombiana Ingrid Betancourt e de todos os reféns em poder da guerrilha das Farc.

Em Paris, onde, segundo os organizadores, se reuniram 15 mil pessoas na Praça da Ópera, várias personalidades participaram do ato, como a presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner, a primeira-dama francesa, Carla Bruni-Sarkozy, Astrid Betancourt, irmã de Ingrid, e o prefeito de Paris, Bertrand Delanoe.


UOL

sábado, 5 de abril de 2008

O ceticismo domina a região onde Ingrid Betancourt deve receber socorro

05/04/2008 - 17h36

SAN JOSE, Colômbia, 5 Abr 2008 (AFP) - O ceticismo tomou conta neste sábado de San José ante a falta de sinais das Farc para que uma missão médica francesa possa chegar de Bogotá a essa cidade do sudeste do país e entrar na selva para socorrer a refém franco-colombiana Ingrid Betancourt.

Apesar da falta de notícias, a missão humanitária francesa permanecerá onde se encontra, enfatizou o chefe da diplomacia de Paris, Bernard Kouchner, falando ao canal France 2. "Recebemos informações muito preocupantes sobre o estado de saúde de Ingrid Betancourt. É preciso agir. Agora esperamos notícias das Farc", acrescentou.

Enquanto aumenta o desânimo das autoridades e habitantes, cresce a preocupação em relação ao estado de saúde da ex-candidata presidencial refém das Farc há seis anos.

Um médico que a teria examinado concluiu que ela tem hepatomegalia (aumento do fígado), gastrite crônica, refluxo gastro-esofágico, malária, desnutrição, irritação no colo e uma forte dor no hipocôndrio direito.

Segundo a TV Caracol, o médico, identificado como Helver Uriel Rodríguez, examinou Betancourt há pouco tempo e entregou à promotoria uma lista dos problemas de saúde da refém da guerrilha.

O médico, guerrilheiro confesso e que foi capturado há duas semanas no povoado de Mosquera, na região de Bogotá, confirmou que o estado de saúde da refém franco-colombiana é grave.

Segundo o doutor Camilo Novoa, consultado pela AFP, o diagnóstico revela que Betancourt tem um grave caso de malária não tratada, o que provocou a inflamação do fígado e pode levar a uma falência hepática.

O médico também advertiu que Betancourt pode sofrer de uma falência renal e até cardíaca por anemia.

"Não foi dado nenhum sinal ao presidente venezuelano Hugo Chávez nem à senadora colombiana Piedad Córdoba, nem ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)", afirmou Oscar López, governador do departamento de Guaviare, em cuja capital, San José, é esperado o avião-ambulância francês.

Enquanto isso, o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, voltou a afirmar na sexta-feira que não criará uma zona desmilitarizada para negociar a troca de reféns da guerrilha por rebeldes presos, como exigem as Farc.

"Uma retirada militar pode ser um golpe do terrorismo contra a Segurança Democrática, pode ser o oxigênio de que esta cobra precisa para reviver", disse Uribe em conversa com estudantes universitários em Bogotá.

A declaração foi formulada um dia após o chamado "chanceler" das Farc, Rodrigo Granda, afirmar que a troca humanitária ocorrerá apenas com a criação de uma zona desmilitarizada no sudoeste da Colômbia.

A troca humanitária envolveria 39 reféns das Farc, incluindo a franco-colombiana Ingrid Betancourt.

Segundo Uribe, as Farc sempre criam obstáculos para a troca humanitária: "sempre que propõem uma condição essencial, é algo para não negociar".

As Farc querem a zona desmilitarizada, "porque sabem que o governo não pode aceitar".

Uribe também citou a "impossibilidade jurídica" de se libertar os líderes rebeldes "Simón Trinidad" e "Sonia", presos nos Estados Unidos.

Na véspera, milhares de pessoas, segundo a polícia e os organizadores, se manifestaram nas ruas das grandes cidades colombianas em apoio à libertação de Ingrid Betancourt e de todos os reféns da Colômbia, que seriam cerca de 2.800, segundo as estimativas oficiais.

Aos gritos de "somos todos Ingrid Betancourt", os manifestantes marcharam com grandes cartazes da ex-candidata presidencial, refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há mais de seis anos.

Paris e outras cidades francesas, por sua vez, serão cenários neste domingo de uma marcha em favor da libertação de Betancourt convocada por seus filhos.

A secretária de Estado para os Direitos Humanos francesa, Rama Yade, participará neste ato, em que os participantes deverão se vestir todos de branco.


UOL